Nós somos as netas de todas as bruxas que vocês não conseguiram queimar
Horários e escolha de sessões
Data | Hora |
---|---|
Sex 12 Set | 21:30 |
Preço | Entrada livre (Limitada à lotação da sala) |
Outras informações
Público
M/14
Info
Conceito, direção artística e dramaturgia |Teresa V. Vaz
Textos a partir de O Apocalipse de São João, Malleus Maleficarum de Heinrich Kramer e James Sprenger e Feiticeiros, profetas e visionários. Textos antigos Portugueses seleção de Yvonne Cunha Rêgo
Criação e interpretação |António Bollaño, Francisca Neves, Joana Petiz, Lia Vohlgemuth
Dispositivo cénico e figurinos | Teresa V. Vaz
Apoio de figurinos e bordados | Isabel Brissos
Instalação sonora | Filipe Baptista
Apoio à instalação Plástica | Daniela Cardante
Curadoria e assessoria teórica | Vânia Moreira
Direção de produção | Manuela Morais
Apoio à produção e à direção artística | Bestiário
Apoio à produção | Lucas França
Assessoria de comunicação | Helena Marteleira
Vídeo | DROID.ID
Fotografia | Bruno Simão
Coprodução |Teatro Cine Gouveia, Teatro José Lúcio da Silva
Residências | A Oficina - Teatro Oficina Guimarães
Apoios financeiros | Câmara Municipal de Lisboa, República Portuguesa Cultura / Direção-Geral das Artes
Apoios |Festival Temps d’Images, Pólo Cultural das Gaivotas, Espaço Lx Jovem
Media Partners | Coffeepaste, Gerador
Agradecimentos |Afonso Viriato, David Erlich, Carolina Franco, Carolina Serrão, Cátia Faísco, Helena Caldeira, Miguel Ponte, Nicola Pittau
Nós somos as netas de todas as bruxas que vocês não conseguiram queimar
Descrição
A multidão reúne-se para o evento habitual. A figura é arrastada e a massa, em êxtase, vocifera injúrias, arremessa objetos e, em catarse, expurga a sua ira. O carrasco cumpre a sua função, o corpo incendeia-se, afoga-se, enforca-se, envenena-se e a plateia está em ovação. A última mulher a ser sentenciada por bruxaria na Europa morreu em 1782, na Suíça.
Sobre o projeto
Quarenta a cinquenta mil mulheres foram mortas durante o período da caça às bruxas. As mais fustigadas eram, por um lado, idosas ou viúvas que, sem recursos, recorriam à mendicidade, e, por outro, mulheres que tinham conhecimentos audazes para a condição feminina, como ervas contracetivas e abortivas, bem como, camponesas que lutavam pelo direito à sua terra. Estas mulheres, que diferiam do padrão de feminilidade vigente, eram uma ameaça ao poder e tinham que ser aniquiladas.
Recorrendo ao arquivo vivo dos vários corpos femininos e à implicação dos mesmos na sociedade atual, num olhar comparativo com o maior femicídio da História Ocidental – a caça às bruxas – aproveitamos para mover placas tectónicas significacionais: O que é ser bruxa? O que é ser mulher? Ao mesmo tempo refletiremos sobre o significado que o conceito bruxa ganhou a partir das lutas feministas dos anos sessenta e do seu reflorescimento atual. Partindo dos registos históricos investigaremos a identidade das vítimas da caça às bruxas em Portugal para, através do seu reconhecimento, reivindicar o seu lugar na História.
ESPETÁCULO APOIADO PELA DGARTES/ RTCP